Pausa

Março 23, 2025 · 1 min leitura

Basta uma pausa
no frenesim dos dias
que já não acrescentam.

Uma caminhada até ao rio,
permanecer ali de sentidos bem abertos.

A sinfonia desenfreada dos pássaros,
o calor dos primeiros raios de sol
que atravessam as nuvens para acariciar o rosto.

O choro da água a correr, apressada,
inebriada pela abundância das últimas chuvas.

Depois, repousar o olhar no verde
que inunda as margens e o coração.
E esperar pelos segredos
que o vento tem para me contar ao ouvido.

Basta parar um pouco,
observar, calmamente, a vida a fervilhar.

E, por fim, agradecer a beleza das coisas simples,
sob o espanto do primeiro olhar.

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